Categoria: Justiça

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  • 24 // Abr // 2024
  • 22h00

Ministro do STF conclui que não há provas de que Bolsonaro pediria asilo na Embaixada da Hungria

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciou nesta quarta-feira (24) que não encontrou evidências de que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria buscado asilo ao permanecer por dois dias na Embaixada da Hungria, em Brasília, em fevereiro deste ano. Essa estadia de Bolsonaro na embaixada foi inicialmente divulgada pelo jornal The New York Times. Moraes declarou que não há provas concretas de que Bolsonaro pretendia obter asilo diplomático para fugir do país e prejudicar investigações criminais em curso. No entanto, o ministro decidiu manter a apreensão do passaporte do ex-presidente, medida que havia sido determinada anteriormente após uma busca e apreensão realizada durante a Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O jornal The New York Times relatou detalhes sobre a estadia de Bolsonaro na embaixada, mencionando que ele chegou no dia 12 de fevereiro à tarde e saiu na tarde do dia 14 de fevereiro. Durante esse período, a embaixada estava quase vazia, pois muitos funcionários estavam de férias devido ao feriado de carnaval. Além disso, a reportagem destacou a relação de Bolsonaro com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, ressaltando que ambos têm uma parceria política e trocam elogios públicos regularmente.

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  • 23 // Abr // 2024
  • 23h30

PGR denuncia deputada Carla Zambelli e hacker por invasão ao sistema do CNJ

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto pela invasão do sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). A investigação concluída pela Polícia Federal apurou se Zambelli contratou os serviços de Delgatti para esse fim. A denúncia, sob sigilo, foi revelada pelo jornal O Globo e confirmada pela Folha. Em agosto passado, ambos foram alvos de operação da PF. Zambelli, uma das principais aliadas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi alvo de mandado de busca e apreensão, enquanto Delgatti foi preso. Dados de transações financeiras mostraram que pessoas próximas a Zambelli repassaram R$ 13,5 mil ao hacker, que invadiu os sistemas do CNJ e inseriu documentos falsos. Os dois são suspeitos de atuarem em uma trama que mirava o ministro Alexandre de Moraes, do STF. A defesa de Zambelli negou as alegações, enquanto a defesa de Delgatti declarou que o indiciamento da deputada confirma sua colaboração com a Justiça.

  • Foto: Divulgação/MJSP
  • 23 // Abr // 2024
  • 23h00

Ministério da Justiça prorroga atuação da Força Penal Nacional em penitenciária de Mossoró por mais 60 dias

O Ministério da Justiça e Segurança Pública anunciou a prorrogação da atuação da Força Penal Nacional na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, por mais 60 dias. A medida, assinada pelo ministro Ricardo Lewandowski, foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (23). As equipes da Força Penal Nacional permanecerão na penitenciária até o dia 21 de junho de 2024, dedicando-se a atividades de treinamento, sobreaviso e reforço da segurança externa do presídio. A portaria que oficializa a prorrogação destaca que os treinamentos serão realizados na própria Penitenciária Federal em Mossoró, sob coordenação da Secretaria Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O número de profissionais disponibilizados pelo ministério seguirá o planejamento definido pelos envolvidos na operação. A decisão de prolongar a atuação da Força Penal Nacional vem após a fuga de dois detentos da penitenciária em fevereiro. Após mais de 50 dias de buscas, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram recapturados em Marabá (PA), a uma distância considerável do presídio. A Força Penal Nacional foi criada em 2023 para responder de forma eficaz a crises no sistema prisional, como rebeliões e confrontos entre facções criminosas, promovendo a cooperação entre a União e os estados.

  • Foto: Blog Regional
  • 22 // Abr // 2024
  • 18h00

STF mantém decisão que condenou Bolsonaro por impulsionamento ilegal na campanha eleitoral de 2022

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a decisão individual do ministro Flávio Dino, que negou o recurso de Jair Bolsonaro para anular a condenação ao pagamento de R$ 70 mil por impulsionamento ilegal durante a campanha eleitoral de 2022. O impulsionamento ilegal refere-se ao pagamento de anúncios em sites para propaganda negativa contra adversários. Os advogados da campanha de Bolsonaro recorreram ao STF após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reconhecer a ilegalidade cometida contra a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão foi tomada durante sessão virtual, com votos favoráveis à manutenção da multa dos ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. Cristiano Zanin não participou do julgamento por ter atuado como advogado da campanha de Lula. Ao analisar o caso em março deste ano, o ministro Flávio Dino rejeitou o recurso por questões processuais, ressaltando a jurisprudência do STF que impede a reavaliação das provas já julgadas pelo TSE. Ele destacou que houve efetivação do impulsionamento de conteúdo negativo na internet, sem identificação clara dos responsáveis e desrespeito às regras eleitorais.

  • Foto: Luiz Roberto / SECOM/ TSE
  • 20 // Abr // 2024
  • 15h00

Alexandre de Moraes diz que soberania brasileira está sob ataque

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, declarou nesta sexta-feira (19) que a soberania brasileira está sendo atacada por uma articulação entre mercantilistas estrangeiros ligados às redes sociais e políticos extremistas do país. Ele enfatizou que a Justiça brasileira não se deixará abalar por esses ataques. Durante a cerimônia de lançamento da pedra fundamental do Museu da Democracia, fruto de um acordo entre o TSE e a Prefeitura do Rio de Janeiro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral continuará a proteger a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico nas redes sociais, que visam apenas o lucro sem responsabilidade. Ele também destacou o combate histórico da Justiça Eleitoral contra o abuso do poder político e econômico. Sobre as acusações do empresário norte-americano Elon Musk, proprietário da rede social X, de que o ministro age de forma autoritária ao ordenar a censura de perfis, Moraes não fez comentários específicos. Musk tem se alinhado a teses propagadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e ameaçado desobedecer decisões judiciais. Além disso, Moraes também foi alvo de um relatório do Comitê de Assuntos Judiciários da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, que sugeriu censura no Brasil com a suspensão de quase 150 contas na rede social X. O ministro não abordou diretamente essas alegações em seu discurso. No vídeo institucional da Prefeitura do Rio de Janeiro, veiculado na cerimônia, a definição de democracia é apresentada como "liberdade com responsabilidade", ressaltando a importância do respeito às regras mesmo em meio a divergências e discordâncias.

  • Foto: Ajufe
  • 15 // Abr // 2024
  • 23h50

Corregedor Nacional de Justiça determina afastamento de juíza e desembargadores ligados à Lava Jato

O Corregedor Nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, ordenou nesta segunda-feira (15) o afastamento da juíza federal Gabriela Hardt, conhecida por sua atuação na Operação Lava Jato. Além dela, dois desembargadores e um juiz do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região também foram afastados cautelarmente. O motivo do afastamento envolve supostas irregularidades relacionadas a decisões que autorizaram o repasse de R$ 2 bilhões para um fundo gerido pela força-tarefa da Lava Jato, entre 2015 e 2019. O corregedor destacou a possibilidade de "recirculação de valores" e discutiu a condução dos processos fora dos autos, incluindo o uso de aplicativos de mensagens. Os desembargadores do TRF 4 são acusados de descumprimento de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionada ao ex-juiz da Lava Jato Eduardo Appio. A decisão do corregedor será analisada na sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nesta terça-feira (16). A juíza Gabriela Hardt não se manifestou sobre o afastamento. O TRF4 ainda não emitiu comentários sobre o assunto quando procurado pela imprensa.

  • Foto: Reprodução/Tv Globo
  • 14 // Abr // 2024
  • 18h00

Caso Marielle: Justiça nega novo pedido de transferência de Ronnie Lessa

O juiz titular da 5ª Vara Federal de Campo Grande (MS), Luiz Augusto Iamassaki Fiorentino, rejeitou um novo pedido da defesa de Ronnie Lessa para transferi-lo para a Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói (RJ). A defesa argumentou que Lessa já está há cinco anos em um presídio federal, sem contato externo. A decisão mantém Lessa no presídio federal em Campo Grande até março de 2025. Ele teve seu prazo de permanência renovado recentemente pela Justiça Federal, após o término do prazo anterior em março deste ano. Lessa é um dos delatores do caso Marielle e apontou os irmãos Brazão como mandantes do assassinato.

  • Foto: Lucas Castor / CNJ
  • 12 // Abr // 2024
  • 15h00

Acordo entre TJ-BA, CNJ e TCM resulta na sentença de mais de 43 mil processos fiscais

A primeira etapa do Acordo de Cooperação Técnica entre o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) culminou na sentença e baixa de 43.237 processos fiscais. Esses processos dizem respeito a execuções fiscais abaixo do piso mínimo de ajuizamento. O procedimento, visando reduzir o volume de execuções fiscais no TJ-BA ao desistir de processos sem perspectiva de recuperação de crédito, contou com o auxílio de um robô. Desenvolvida pela equipe técnica do tribunal, essa ferramenta digital facilitou a elaboração da sentença para assinatura dos magistrados. A gestão das ações para impulsionar o cumprimento do acordo está a cargo da Coordenadoria de Apoio ao Primeiro Grau de Jurisdição, liderada pela desembargadora Maria de Lourdes Pinho Medauar. O TJ-BA e a Procuradoria do Município de Salvador estão concentrando esforços para seguir com as próximas fases do acordo, que envolvem o sentenciamento e a baixa dos processos prescritos e aqueles sem documentos de CPF ou CNPJ do executado.

  • Foto: Nelson Jr. / SCO / STF
  • 12 // Abr // 2024
  • 10h36

STF amplia alcance do foro especial para autoridades mesmo após saída do cargo

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria na madrugada desta sexta-feira (12) para ampliar o alcance do foro especial de autoridades, mesmo após a saída do cargo. O voto do ministro Luís Roberto Barroso foi crucial para essa decisão, que promete impactar o cenário jurídico e político do país. Barroso, presidente da corte, acompanhado pelo relator Gilmar Mendes, defendeu que em casos de crimes cometidos no cargo e em razão dele, o foro especial deve ser mantido mesmo depois da cessação das funções. Essa mudança foi motivada pela necessidade de estabilizar o sistema penal e evitar manipulações jurídicas. O julgamento em sessão virtual do STF estava previsto para ser concluído no próximo dia 19, mas foi interrompido por solicitação do ministro André Mendonça. A nova decisão fortalece o poder da corte sobre parlamentares e tem implicações diretas nos processos judiciais em curso. Essa é a segunda vez que o STF modifica o entendimento do foro especial, sendo a última em 2018, relacionada à Operação Lava Jato. A decisão atual busca preencher lacunas jurídicas e garantir a estabilidade do sistema judicial diante de casos envolvendo autoridades políticas. O julgamento ocorre em um contexto de redução significativa no número de ações penais e inquéritos na corte desde a mudança da norma em 2018, indicando um impacto direto nas dinâmicas processuais e na eficácia do sistema de justiça criminal.

  • Foto: Gustavo Moreno/Arquivo/Divulgação
  • 08 // Abr // 2024
  • 09h18

Ministro do STF inclui Elon Musk como investigado em inquérito sobre milícias digitais

O Ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a inclusão do empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), como investigado em um inquérito sobre milícias digitais antidemocráticas e seu financiamento. A decisão também abrangeu medidas como a proibição da rede social de desobedecer ordens judiciais do STF ou do TSE. Moraes justificou sua ação pela "instrumentalização criminosa" da rede e a conexão com outros inquéritos sobre fake news e atos antidemocráticos. A medida inclui a instauração de um novo inquérito para investigar condutas de Musk relacionadas a crimes como obstrução à Justiça e incitação ao crime. A postura de Musk, incluindo declarações sobre desobediência judicial, levou a essa decisão, que segundo Moraes, viola a soberania brasileira e agrava os riscos à segurança. A reação nas redes sociais e políticos, tanto de apoio quanto crítica à postura de Musk, reflete a polarização em torno da regulação das redes sociais e dos atos considerados antidemocráticos.

  • Foto: Polícia Civil/ Divulgação
  • 06 // Abr // 2024
  • 09h58

Acusado de homicídio em Vitória da Conquista é condenado a 17 anos de prisão

Na quinta-feira (4), um homem acusado de matar um adolescente em Vitória da Conquista há quase seis anos foi condenado a 17 anos de prisão. João Paulo Andrade Pereira foi considerado culpado pela morte de Ruan Gabriel Souza, de 17 anos, em agosto de 2018, sob a acusação de que a vítima havia namorado uma ex-companheira dele. Além do homicídio, João Paulo foi condenado por ocultação de cadáver e porte ilegal de arma. O corpo de Ruan Gabriel foi encontrado uma semana após seu desaparecimento, em uma lagoa na região. Na época do crime, João Paulo contou com a ajuda de Jurandir Oliveira Nascimento e de um adolescente de 15 anos para atrair Ruan Gabriel para um matagal próximo à Lagoa das Bateias, onde o assassinaram com dois tiros. O corpo foi jogado na lagoa para ocultação. Jurandir Oliveira já havia sido condenado em 2022 a 16 anos e dois meses de prisão pelo mesmo crime. O adolescente envolvido foi apreendido pelas autoridades. O homicídio foi considerado motivado por ciúmes, sendo cometido por motivo torpe e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima. 

  • Foto: Reprodução/TV Globo
  • 06 // Abr // 2024
  • 09h17

Tribunal do Rio de Janeiro mantém condenação de Flordelis a 50 anos de prisão por assassinato do marido

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) negou, por unanimidade, recurso de apelação da ex-deputada federal Flordelis e manteve sua condenação a 50 anos de prisão. Ela foi considerada culpada pela participação no assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019. As condenações de Flordelis são por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, uso de documento falso e associação criminosa armada, segundo o TJRJ. Os desembargadores também decidiram manter as condenações, pela participação no mesmo crime, de Simone dos Santos Rodrigues, filha biológica de Flordelis; de Adriano dos Santos Rodrigues, filho biológico da ex-parlamentar; e de Carlos Ubiraci Francisco da Silva, filho afetivo. A 2ª Câmara Criminal também decidiu anular a absolvição, pelo Tribunal do Júri de Niterói, de outras três pessoas acusadas de participar do crime: Rayane dos Santos, neta biológica da ex-deputada; Marzy Teixeira e André Luiz de Oliveira, ambos filhos adotivos. Eles serão submetidos a novo julgamento pelo júri.