Estados aumentam ICMS sobre gasolina em R$ 0,10 por litro a partir de fevereiro; diesel terá alta de R$ 0,06
A partir do próximo sábado (1º), as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre gasolina e diesel serão reajustadas nos estados. O valor do tributo sobre a gasolina subirá R$ 0,10 por litro, enquanto o diesel terá um acréscimo de R$ 0,06 por litro. Não haverá mudança na tributação do etanol. A medida foi definida pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) em outubro do ano passado e passa a valer a partir do primeiro dia de fevereiro. O Comsefaz, entidade que representa os secretários estaduais de Fazenda, afirmou que a medida busca manter o equilíbrio fiscal e adequar a arrecadação às variações de preço do mercado. Com o reajuste, as novas alíquotas serão: Gasolina: de R$ 1,37 para R$ 1,47 por litro; Diesel: de R$ 1,06 para R$ 1,12 por litro. Os combustíveis possuem preços livres no Brasil, o que significa que cabe aos postos decidir se repassarão ou não o aumento ao consumidor. Normalmente, os reajustes de tributos impactam os valores finais nas bombas. Levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostra que os preços dos combustíveis tiveram alta ao longo de 2024. Além disso, dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) indicam que os valores praticados internamente estão defasados em relação ao mercado internacional. Segundo a entidade, na última segunda-feira (27), a gasolina estava R$ 0,23 abaixo do preço externo, enquanto o diesel apresentava uma defasagem de R$ 0,56. O último aumento de preço anunciado pela Petrobras ocorreu em julho de 2024, quando o litro da gasolina subiu R$ 0,20, atingindo R$ 3,01. Na mesma ocasião, o gás de cozinha de 13kg passou a custar R$ 34,70. O reajuste dos tributos pode impactar outros setores da economia, já que combustíveis são itens essenciais no transporte de mercadorias e serviços. Em 2024, segundo o IBGE, a inflação foi pressionada pela alta dos combustíveis, com destaque para o etanol (1,92%), óleo diesel (0,97%), gasolina (0,54%) e gás veicular (0,49%). A influência do aumento do ICMS sobre os preços finais ao consumidor será monitorada nos próximos meses, enquanto a Petrobras segue sem anunciar novos reajustes em sua política de preços.