Categoria: Brasil

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  • 12 // Jul // 2022
  • 20h01

Piso salarial para enfermagem é aprovado em 1º turno na Câmara

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (12) em primeiro turno a PEC (proposta de emenda à Constituição) que cria um piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiros. O texto foi aprovado por 425 a 7 —precisava de pelo menos 308 votos para passar. Só o Novo orientou voto contrário ao texto. Conforme acordo fechado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para acelerar a votação, os deputados não discutiram a proposta, que seguiu direto para votação. O pacto prevê que o segundo turno será votado apenas após a apreciação da PEC que amplia benefícios sociais em ano eleitoral. “Iremos iniciar a votação pela PEC número 11, com a pauta da quebra de interstício, com requerimento de retirada de pauta do Novo e mérito de primeiro turno, com acordo de procedimentos de tempos serem usados até 18h45”, disse Lira. “Ao final de 18h45, encerramos a votação do primeiro turno no mérito, voltamos para PEC 15, depois da PEC 15 terminamos o segundo turno da 11.” Se não houver mudanças no segundo turno, a PEC segue para promulgação. O texto foi aprovado em votação simbólica na comissão especial na quinta-feira passada (7). A ideia inicial era que a votação ocorresse no mesmo dia, após a análise da PEC que amplia benefícios sociais. Com o adiamento da votação, ambas ficaram para esta terça-feira. O objetivo da PEC, que já foi aprovada no Senado, é dar segurança jurídica a um projeto de lei que prevê o piso salarial a esses profissionais. A proposta já foi aprovada no Congresso, mas a Câmara dos Deputados ainda não levou à sanção presidencial, pois havia receio de veto de Jair Bolsonaro (PL) ou mesmo ações judiciais. Isso porque havia o risco de a proposta ser enquadrada em vício de iniciativa, quando um Poder avança sobre as prerrogativas de outro na apresentação de mudanças legislativas ou constitucionais. Por isso, o texto da PEC determina que uma lei federal vai instituir os pisos salariais nacionais para os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiros. Ou seja, permite que o projeto de lei aprovado anteriormente tenha condições legais de ser aplicado. O projeto cria um piso de R$ 4.750 para os enfermeiros. Técnicos em enfermagem receberiam 70% desse valor, e auxiliares de enfermagem e parteiras, 50%. De acordo com a proposta, o valor será corrigido anualmente com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Segundo a relatora da PEC na comissão especial, deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), a enfermagem é a maior categoria profissional do campo da saúde no Brasil. A parlamentar citou que a categoria é composta por 1,8 milhão de profissionais, 85,1% pertencentes ao sexo feminino. “A Covid-19 revelou, em definitivo, a importância do SUS e de todos os profissionais de saúde, que não mediram esforços na linha de frente do enfrentamento da pandemia, ocasionando, infelizmente, em razão das condições precárias e insalubres, o óbito de 872 valorosos profissionais da área de enfermagem, com perdas irreparáveis para centenas de famílias”, disse, na justificativa do projeto. Deputados, que analisaram o impacto financeiro dessa mudança, preveem aumento de gasto com pessoal na ordem de R$ 16,31 bilhões ao ano, considerando instituições de saúde públicas e privadas. Apesar da PEC, ainda não existe uma solução para financiar os custos do novo piso nacional da enfermagem.

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  • 12 // Jul // 2022
  • 09h00

Advogados de anestesista preso por estupro durante parto abandonam caso

Os advogados do médico anestesista Giovanni Quintella, preso após ser flagrado estuprando uma paciente que estava dopada durante um parto cesárea, informaram que abandonaram o caso na tarde desta segunda-feira (11). Mais cedo nesta segunda, a defesa tinha declarado que ainda aguardava ter o acesso à íntegra dos depoimentos para se manifestar sobre caso. Já pela tarde, segundo informações do site O Dia, os advogados do escritório de advocacia Novais – mesmo grupo que defende Monique Medeiros, acusada pela morte do filho Henry Borel – alegaram não ter interesse em defender o médico. O anestesista foi preso após funcionários da unidade filmarem o profissional colocando o pênis na boca da mulher enquanto ela estava em trabalho de parto. O comportamento de Giovanni estava sendo observado pelos colegas de trabalho há um tempo porque, o anestesista aplicava doses altas de sedativo nas grávidas. No domingo (10), a equipe conseguiu esconder o telefone para gravar o estupro após, de última hora, conseguirem trocar de sala para fazer uma última operação. Giovanni já tinha participado de outras duas cirurgias, mas os profissionais não conseguiram filmar direito o ato. A Polícia Civil acredita que Bezerra tenha feito outras vítimas tanto no hospital onde o caso foi filmado, quanto nas outras unidades de saúde onde atuava. Na delegacia, ele se recusou a prestar depoimento.

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  • 07 // Jul // 2022
  • 10h00

Matança de jegues pode ser alvo de investigação em CPI no Congresso

A Frente Nacional de Defesa dos Jumentos (FNDJ) está se articulando para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional que deve investigar o abate dos animais na Bahia, para a venda da pele para a China e da carne para o Vietnã. A estimativa do grupo é que no ano passado foram mortos 64 mil jumentos no Brasil, com previsão de 1.200 abates por semana neste ano. Entre outros pontos destacados pelos grupos que defendem os jegues, está a situação de abandono destes animais que deixaram de ter utilidade nas propriedades com o advento de maquinários e o risco de extinção pela ausência de locais de reprodução.

Denúncia

Formada em 2016 por Organizações Não Governamentais (ONGs) de diversos estados do Brasil, a Frente, que atua com o Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, teme a extinção da espécie e denuncia que embora exista uma liminar do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ BA) proibindo a matança, mas o abate continua ocorrendo em Amargosa, Itapetinga e Simões Filho. Coordenadora da Frente Nacional, Gislane Brandão afirmou que "é necessária uma CPI para investigar a fundo o assunto. Precisamos saber o que de fato está acontecendo e quais os reais interesses envolvidos neste tema", enfatizou, acrescentando que os grupos estão se articulando com deputados neste sentido. "O abate desses animais é um crime cruel e absurdo", disse, salientando ainda que "eles sofrem durante o transporte, além de serem acondicionados em locais com pouca água e comida". A estimativa do grupo é que, "pelos maus tratos", 20% dos jegues morrem a caminho do abate. Em 2018, uma grande mobilização denunciou a situação de abandono por falta de comida, água e assistência aos jegues presos em uma propriedade em Itapetinga, com ocorrência de mortes, motivando uma ação judicial que travou o abate por um ano. "Coisas terríveis continuam acontecendo", afirmou Brandão, que é advogada e reforçou a participação do Ministério Público (MP) no processo, com diversas ações em defesa dos animais. "Tivemos nova decisão favorável através de liminar do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) em fevereiro deste ano, que não foi cumprida ainda" reclamou a diretora técnica do Fórum Animal, Vania Nunes.

Fiscalização

Médica veterinária, Vania Nunes destacou que grande parte destes animais estão doentes, "com enfermidades que representam perigo para a população, principalmente as pessoas que lidam diretamente com eles no transporte, trato e abate, bem como para outros animais". Nunes criticou ainda a Portaria Estadual 13, de março de 2020, que dispensa apresentação dos exames que detectam doenças como anemia infecciosa equina e mormo para o transporte dos animais. De acordo com o diretor de Defesa Sanitária Animal da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Carlos Espínola, a Portaria regulamenta o trânsito dos jegues e a dispensa dos exames: "Se dá apenas no transporte para o abate, com veículos lacrados no embarque pelos fiscais, para desembarque nos frigoríficos". Ele frisou que no estado o abate ocorre em unidades com Serviço de Inspeção Federal (SIF) e, por isso, a fiscalização não compete ao estado. Também argumentou que o órgão inspeciona, além do trânsito, as propriedades utilizadas para depositar os animais que aguardam o abate.

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  • 06 // Jul // 2022
  • 15h00

PoderData: Lula tem 44% contra 36% de Bolsonaro no 1º turno

O  ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a corrida presidencial, com 8 pontos percentuais de vantagem sobre o segundo colocado, Jair Bolsonaro (PL). Segundo a última pesquisa PoderData, divulgada nesta quarta-feira (6), Lula está com 44% das intenções de voto no 1° turno, enquanto Bolsonaro está com 36%. Há 15 dias, Lula tinha 44% e Bolsonaro 34%.

Os outros pré-candidatos somam 11% das intenções de voto. Confira:

Lula (PT) - 44%
Bolsonaro (PL) - 36%
Ciro Gomes (PDT) - 5%
André Janones (Avante) - 3%
Simone Tebet (MDB) - 3%
Brancos ou nulos - 5%
Não sabem - 4%

A distância entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) em um eventual 2º turno caiu para 12 pontos percentuais. Hoje, o ex-presidente teria 50% das intenções de voto, contra 38% do atual chefe do Executivo.

  • Foto: Reprodução - TV Câmara
  • 06 // Jul // 2022
  • 13h00

Congresso derruba vetos e restaura leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2

O Congresso Nacional derrubou nesta terça-feira (5) os vetos presidenciais a duas propostas de incentivo à cultura: a Lei Aldir Blanc 2 (PL 1518/21) e a Lei Paulo Gustavo (PLP 73/21). Os vetos serão publicados como lei. De autoria da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e outros cinco deputados, o projeto da Lei Aldir Blanc 2 prevê repasses anuais de R$ 3 bilhões da União para estados, Distrito Federal e municípios para ações no setor cultural. A lei beneficiará trabalhadores da cultura, entidades e pessoas físicas e jurídicas que atuem na produção, difusão, promoção, preservação e aquisição de bens, produtos ou serviços artísticos e culturais, incluindo o patrimônio cultural material e imaterial. O texto lista 17 grupos de atividades culturais que poderão ser contempladas por meio de editais, chamadas públicas, prêmios, compra de bens e serviços, cursos e outros procedimentos. Entre eles, incluem-se estudos e pesquisas, concessão de bolsas de estudo no Brasil ou no exterior, aquisição de imóveis tombados, manutenção de grupos, companhias e orquestras e construção e manutenção de museus, centros culturais e bibliotecas. A política terá vigência de cinco anos, e o valor global previsto de R$ 3 bilhões deverá ser entregue no ano seguinte ao da publicação da lei. Já a Lei Paulo Gustavo teve origem em projeto de autoria do Senado e determina o repasse de R$ 3,86 bilhões do Fundo Nacional de Cultura (FNC) para fomento de atividades e produtos culturais em razão dos efeitos econômicos e sociais da pandemia de Covid-19. O texto foi batizado em homenagem ao ator e comediante que morreu em maio do ano passado, vítima da Covid-19. Deputados de diversos partidos celebraram o acordo que possibilitou a derrubada dos vetos. A mobilização incluiu a participação de diversos artistas, que acompanharam as negociações e a votação em Plenário. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou que a presença de representantes do setor foi fundamental para o acordo. “A presença de vocês [artistas] fez o ambiente mudar, fez com que o coração e a consciência dos parlamentares compreendessem que arte é ofício, arte é trabalho, as pessoas vivem da arte”, afirmou. Feghali destacou que a Lei Aldir Blanc 1 demonstrou a capacidade de articulação dos gestores estaduais e municipais nos investimentos do setor e na desburocratização. Foi essa norma que inspirou a aprovação da Lei Paulo Gustavo e da Lei Aldir Blanc 2, que cria uma política pública permanente inspirada na lei de 2020. O deputado Henrique Fontana (PT-RS) ressaltou que as propostas podem destinar R$ 6 bilhões para a cultura. “Hoje é um dia histórico de nós darmos uma demonstração de respeito a tudo que a cultura já fez e a tudo que ela fará pela identidade e pelo nosso projeto de Nação”, disse. A líder do Psol, deputada Sâmia Bomfim (SP), afirmou que a votação é mais uma vitória do Congresso diante do Poder Executivo que, na sua avaliação, tentou desmontar as fontes de financiamento da cultura. “Além de o acesso à cultura ser um direito da população, é também um setor econômico importante: são cerca de 4% do nosso PIB. Isso não pode ser irrelevante, só mesmo na mente de um governo negacionista”, criticou. Para o deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), o acordo construído chegou a um equilíbrio para fortalecer a cultura do País. “Nós tivemos um avanço muito grande com a Lei Aldir Blanc. A Lei Aldir Blanc 2 é fundamental porque os nossos fazedores de cultura estão preparados. Só no estado do Rio de Janeiro, atendeu mais de 2.500 projetos”, informou. O deputado Marcelo Ramos (PSD-AM) destacou que deputados de diferentes correntes ideológicas conseguiram se unir em defesa do setor em duas leis que dão sustentabilidade ao setor. “É importante entendermos que essa luta em defesa da cultura não é uma luta da direita ou da esquerda, não é uma luta de liberal. A luta pelo direito à cultura equivale à luta pelo direito de comer, pelo direito de trabalhar, é uma luta por liberdade”, disse. Fonte: Agência Câmara de Notícias.

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  • 05 // Jul // 2022
  • 11h00

Dois em cada 3 processos por assédio sexual na área federal terminam sem pena

Dois terços dos processos de investigação por assédio sexual no âmbito da administração pública federal terminaram sem penalidades. A saber, o dado foi revelado por um levantamento feito pela Controladoria-Geral da União (CGU) para a Folha de S. Paulo, após a repercusão das acusações de assédio sexual feitas por funcionárias contra o então ex-presidente da instituição Pedro Guimarães. Assim, o levantamento aponta que entre 2008 e junho de 2022 foram instaurados 905 processos para apurar casos de assédio sexual. Desses, 633 foram concluídos e 272 ainda seguem em andamento. Das investigações concluídas, 432 não tiveram punição. O número representa 65,7% do total. Dessa forma, entre as investigações que acarretaram em alguma penalidade, 41 resultaram em advertência, 90 em suspensão e 95 em demissão do agressor. Em algumas apurações, houve o envolvimento de mais de um agente público, por isso, o número de penalidades é maior do que a quantidade de processos. Com isso, os dados da CGU incluem processos no âmbito da administração direta, autarquias e fundações, como ministérios, agências reguladoras e universidades federais.Não estão, no entanto, relacionados a empresas públicas, como é o caso da Caixa Econômica Federal.

  • Foto: Alan Santos - PR
  • 04 // Jul // 2022
  • 20h02

Em ano eleitoral, Governo Federal praticamente dobra gastos com publicidade na Rede Globo

Mesmo sendo conhecido pelos recorrentes ataques à Rede Globo, o governo de Jair Bolsonaro (PL) praticamente dobrou o gasto com publicidade na emissora quando comparados os períodos entre janeiro e junho de 2021 e 2022. De acordo com levantamento realizado pelo portal UOL, entre 1º de janeiro a 21 de junho do ano passado, a emissora recebeu R$ 6,5 milhões em valores líquidos pagos por materiais publicitários de televisão veiculados em âmbito nacional e regional. Já no mesmo período de 2022, a Globo recebeu R$ 11,4 milhões, o que significa um aumento de 43%. Os dados são da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência (Secom), responsável pelas contratações na área de publicidade e propaganda do governo. Além do valor, houve mudança também no perfil das publicidade. Em 2021, o governo havia comprado 46 inserções publicitárias categorizadas como "utilidade pública" e apenas 10 para materiais categorizados como institucionais. Já em 2022, foram 72 campanhas institucionais - o que representa um crescimento de 86% neste tipo de publicidade -, e apenas 2 de utilidade pública - ou seja, 92% a menos deste tipo de publicidade. O valor investido em publicidade na Rede Globo em 2022 representa 42% do total destinado à compra de espaço publicitário na emissora durante o Governo Bolsonaro. Considerando o período entre 1° de janeiro e 21 de junho dos quatro anos de mandato do presidente, R$ 27,5 milhões foram destinados à emissora por publicidade. 

  • Foto: Patrick Cassiano - Blog Regional
  • 04 // Jul // 2022
  • 19h00

Demanda por voos domésticos tem queda de 2,5% no Brasil em maio

A demanda por voos domésticos teve queda de 2,5% em maio, na comparação com o mesmo mês de 2019, aponta a Associação Brasileira das Empresas Aéreas, com base nos relatórios da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O dado é medido em passageiros por quilômetro transportados (RPK). A oferta, por sua vez, teve alta de 6%. Ela é calculada em assentos por quilômetro oferecidos (ASK). A taxa média de ocupação das aeronaves, portanto, ficou em 75,1%, o que representa um recuo de 6,6 pontos percentuais em relação a maio de 2019. Foram transportados 6,4 milhões de passageiros, 10% a menos do que o ano base de comparação. No mercado internacional, a queda da demanda chegou a 31,1% na comparação com 2019 e, na oferta, a redução foi 31,2%. O aproveitamento das aeronaves teve leve variação positiva de 0,2 ponto percentual, ficando em 85,7%. Foram transportados 1,2 milhão de passageiros, 36,5% a menos. Na comparação com abril, os resultados no mercado doméstico são positivos, com aumento de 3,4% na demanda e de 7,9% na oferta. Nos voos internacionais, houve crescimento de 6,4% na demanda e de 3,5% na oferta. Em relação ao transporte aéreo de carga e correio, foi registrada queda de 6,1% em maio na comparação com o mesmo mês de 2019. Já na demanda internacional, essa atividade cresceu 24,7% no mesmo período.

  • Foto: divulgação - FAB
  • 04 // Jul // 2022
  • 18h00

FAB intercepta avião com 500 quilos de cocaína

A Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou, por volta das 12h36 (horário de Brasília) do último domingo (3), em Mato Grosso do Sul, um avião de pequeno porte que entrou no espaço aéreo brasileiro sem autorização. Na operação, foram usadas duas aeronaves de defesa aérea Super Tucano (A-29). Os pilotos da FAB fizeram contato, mas não obtiveram resposta. A partir de então, a avião foi considerado suspeito, sendo ordenadas a mudança de rota e o pouso obrigatório em aeródromo específico. Como o piloto ignorou ordem dada, foi realizado um tiro de aviso. Ainda sem retorno, a aeronave foi considera hostil, sendo feitos os procedimentos de tiro de detenção.

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  • 02 // Jul // 2022
  • 17h51

Eleições 2022: restrições para agentes públicos começam a valer neste sábado

Restrições para servidores públicos e pré-candidatos às eleições de outubro passam a valer a partir de hoje (2), três meses antes do primeiro turno. As medidas estão previstas na Lei nº 9.504/1997, conhecida como Lei das Eleições, e objetivam manter o equilíbrio entre os candidatos. Políticos estão proibidos de autorizar a veiculação de publicidade estatal sobre os atos de governo, realização de obras, campanhas de órgãos públicos federais, estaduais e municipais, exceto no caso de grave e urgente necessidade pública. Nesse caso, a veiculação deverá ser autorizada pela Justiça Eleitoral.Eles também não podem fazer pronunciamento oficial em cadeia de rádio de televisão, salvo em casos de questões urgentes e relevantes, cuja autorização também dependerá de autorização da Justiça Eleitoral. A participação em inaugurações de obras públicas também está vedada, além da contratação de shows artísticos com dinheiro público. Durante o período eleitoral, funcionários públicos não podem ser contratados, demitidos ou transferidos até a posse dos eleitos. No entanto, estão liberadas a exoneração e a nomeação de cargos em comissão e funções de confiança, além das nomeações de aprovados em concursos públicos homologados até 2 de julho de 2022. Em julho, o calendário eleitoral também prevê outras datas importantes para o pleito. De 20 de julho até 5 de agosto, os partidos deverão realizar suas convenções para escolher oficialmente os candidatos que vão disputar as eleições. A partir do dia 20, candidatos, partidos políticos, coligações e federações terão direito à solicitação de direito de resposta por afirmações consideradas caluniosas, difamatórias ou sabidamente inverídicas que forem publicadas por veículos de comunicação social. O primeiro turno será realizado no dia 2 de outubro, quando os eleitores vão às urnas para eleger o presidente da República, governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais. Eventual segundo turno  para a disputa presidencial e aos governos estaduais será em 30 de outubro. 

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  • 30 // Jun // 2022
  • 14h30

Após saída de Guimarães, Caixa diz que corregedoria apura caso de assédio

Sem qualquer menção ao caso Pedro Guimarães, a Caixa Econômica Federal informou que uma investigação interna sobre assédio foi instaurada em maio e está em andamento. A Caixa afirmou que “repudia qualquer tipo de assédio”. Segundo o comunicado, a apuração corre em sigilo, no âmbito da corregedoria, e que por tal motivo não era de conhecimento de outras áreas do banco. A nota disse que relatos de caso dessa natureza foram recebidos por meio de seu canal de denúncias. No âmbito da investigação interna, ainda segundo a nota da Caixa, foram “realizados contatos com o/a denunciante, que permanece anônimo/a. Foram ainda realizadas diligências internas que redundaram em material preliminar, que está em avaliação”.

>> Bolsonaro nomeia secretária da Economia para a presidência da Caixa

“A Corregedoria admitiu a denúncia e deu notícia ao/à denunciante, se colocando à inteira disposição para colher o seu depoimento, mantendo seu anonimato”, afirmou o banco. Nesta quarta-feira (29), sob a acusação de assédio sexual, Guimarães deixou o comando da instituição financeira. O executivo era um dos aliados mais próximos do presidente Jair Bolsonaro (PL).

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  • 30 // Jun // 2022
  • 14h00

Sorteio da Mega-Sena nesta quinta pode pagar até R$ 37 mi

Com sorteio nesta quinta-feira (30), o concurso da Mega-Sena 2.496 pode pagar até R$ 37 milhões em prêmio. As seis bolinhas ser sorteadas à noite, no Espaço da Sorte, em São Paulo capital. O concurso integra a Mega-Semana de São João, com sorteios na terça-feira (28), hoje e no sábado (2). As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas ou pela internet. A aposta simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50, enquanto a mais cara sai por R$ 22,5 mil, podendo conter 15 dezenas. Com informações da Agência Brasil

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  • 30 // Jun // 2022
  • 13h00

Brasil registra 277 mil novas vagas de emprego em maio

O Brasil alcançou 277.018 novos postos de trabalho com registro em carteira no mês de maio. O saldo positivo é resultado da diferença entre as 1.960.960 admissões e 1.683.942 demissões no período. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na manhã desta terça-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Previdência. De acordo com o ministro do Ministério do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, desde 2019 cerca de 4.268.563 novos empregos foram gerados. Com esse resultado, foi alcançado um total de 41.729.858 trabalhadores com vínculo formal de trabalho, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o que representa um recorde para o Brasil na história do Caged. O resultado do mês foi positivo em todos os setores econômicos, com destaque para o setor de serviços, com um saldo de 120.294 postos de trabalho. Em seguida vêm as atividades ligadas ao comércio (+47.557 postos); indústria (+46.975 postos); construção (+35.445 postos) e, por fim, agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+26.747 postos). No que diz respeito aos estados brasileiros, o saldo foi positivo nas 27 unidades da federação. A liderança ficou com o estado de São Paulo, com um resultado positivo de 85.659 postos (variação positiva de 0,67% em comparação a abril); seguido por Minas Gerais (+29.970 postos ou +0,68%) e Rio de Janeiro (+20.226 postos, +0,61%). O destaque entre as regiões do Brasil ficou com o Sudeste, com um saldo de 147.846 vagas de empregos formais. Em seguida vem o Nordeste (+48.847 postos); Centro-Oeste (+33.978); Sul (+25.585 postos); e Norte (+16.091 postos). Todas as cinco regiões fecharam o mês de maio com saldo positivo. No acumulado de janeiro a maio de 2022, o saldo é de 1.051.503 novas vagas. A maioria dos empregos gerados neste ano foi no setor de serviços, com 658.112 contratações no período analisado. Depois vem a indústria (174.781), a construção civil (155.507), agropecuária (49.245) e comércio (13.862). De maio de 2021 a maio deste ano, foram criadas 2.655.840 novas vagas de trabalho. No que se refere ao período de retomada do emprego formal, de julho de 2020 a maio de 2022, o saldo é de 5.023.943 novos postos de trabalho, de acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência. A média salarial nacional no mês de maio ficou em R$ 1.898,02.

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  • 28 // Jun // 2022
  • 11h45

Mulheres são chicoteadas por integrantes de facção criminosa em Fortaleza

Duas mulheres foram chicoteadas por integrantes de facção criminosa no bairro Barroso, em Fortaleza, durante o fim de semana. Por meio de nota, a Polícia Civil do Ceará informou que o caso é investigado pelo 16º Distrito Policial. A motivação seria um suposto furto que as duas mulheres cometeram em uma loja localizada no bairro. Ambas foram lesionadas nas mãos, nos braços e nas costas. Tudo aconteceu em via pública e durante a luz do dia. Em vídeo que circula nas redes sociais é possível ver que as duas gritam e ficam bastante machucadas. Pelo menos duas pessoas participam da sessão de tortura e uma terceira filma, no entanto, é possível escutar outras vozes. As duas choram devido a dor e são fotografadas e expostas. A Polícia Civil reforçou a importância do fato ser comunicado por meio de Boletim de Ocorrência (BO) em qualquer unidade policial ou no 16º DP, delegacia que apura crimes na região. O órgão informou que as Imagens auxiliam os trabalhos policiais.

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  • 27 // Jun // 2022
  • 12h00

Vítimas de bullying preferem adotar o silêncio, reforça pesquisa

Vítimas de bullying preferem adotar o silêncio após sofrerem esse tipo de prática; quando procuram ajuda, preferem recorrer à própria rede onde o bullying ocorreu ou a familiares. Essas são algumas das conclusões para o Nordeste da 11ª Edição do Observatório FEBRABAN – Pesquisa FEBRABAN-IPESPE Bullying e Cancelamento: Impacto na Vida dos Brasileiros. Realizada entre os dias 21 de maio e 2 de junho, a pesquisa traça um amplo panorama a respeito do grau de conhecimento dos brasileiros sobre bullying e cancelamento no país. No Nordeste, 68% afirmam ter a percepção de que as pessoas que sofrem esse tipo de ocorrência preferem ficar caladas; no país, a média dessa constatação é de 62%. Para os entrevistados, as vítimas preferem recorrer às próprias redes sociais em que o cyberbullying ocorreu (23%) ou aos pais, responsáveis ou outros familiares (18%). Entre as razões que fazem as vítimas de bullying ou cyberbullying não denunciarem nem procurarem ajuda, foram citadas o medo de retaliação (45%), a descrença em obter apoio (44%) e a vergonha (39%). Ainda na região, a expressão “bullying” é de conhecimento de 74% da população. Como situações caracterizadas como “bullying”, foram citadas agressões que visam humilhar ou ridicularizar alguém (68%) e as agressões repetitivas, verbais ou físicas, feitas na intenção de ofender ou ferir a outra pessoa (59%). Afirmaram terem sido vítimas, visto ou tomado conhecimento sobre pessoas próximas que foram alvo de bullying 38% das pessoas (o Nordeste é o que teve mais registro de conhecimento de pessoas que foram alvo de bullying, em comparação com outras regiões). Os comportamentos e situações de bullying mais citados foram os xingamentos, provocações, humilhações (51%) e a propagação de boatos negativos sobre a pessoa ou sua família (35%). Para 63% dos entrevistados, o ambiente escolar (escola ou faculdade) é o local onde o bullying ocorre com mais frequência. O ambiente digital (celular/ internet/ redes sociais/ e-mail) foi lembrado por 24% das pessoas. Os principais alvos de bullying e cyberbullying citados foram a cor ou raça (29%) e a orientação sexual (27%). Segundo a pesquisa, a principal consequência do bullying e cyberbullying para as vítimas e a sociedade são os problemas psicológicos, como insegurança, ansiedade, distúrbios alimentares, depressão, suicídio (68% das respostas). Ainda de acordo com o levantamento, a motivação mais comum de quem pratica bullying é a busca de popularidade, com 24% das citações; outros 20% lembraram a afirmação de poder. A frase relacionada ao bullying que mais alcançou concordância entre os entrevistados foi “se a brincadeira discrimina, humilha ou ridiculariza alguém ou grupo, já não deve mais ser encarada como brincadeira” (84% concordam). Para 80% dos nordestinos, a ocorrência de bullying aumentou muito no Brasil; quanto ao cyberbullying, essa percepção de maior ocorrência é ainda maior (86%). Aqueles que acham que o bullying e cyberbullying são tratados no Brasil de forma insuficiente somam 53%. Quanto à expectativa sobre a evolução do problema do bullying no país nos próximos cinco anos, 37% acreditam que ela vai melhorar, outros 21% acham que não vai se alterar e 35% apostam que vai piorar. Foram apontadas entre as ações mais importantes para prevenir e combater o bullying e o cyberbullying entre os jovens as campanhas de conscientização e informação (42%) e o apoio psicológico, educativo e judicial (35%).

Cancelamento

Sobre a cultura de cancelamento, 27% dos entrevistados disseram conhecer a expressão. Os principais alvos de cancelamento lembrados foram os famosos e celebridades (39%), mas outros 35% afirmam que qualquer pessoa nas redes sociais pode ser cancelada; 73% acham que as situações de cancelamento aumentaram. Ao serem perguntados se haviam sido vítimas, viram ou tomaram conhecimento sobre pessoas que foram alvo de cancelamento nas redes sociais, 35% disseram que sim; outros 36% responderam afirmativamente que cancelaram ou conhecem pessoa próxima que tenha cancelado alguém na internet. A frase relacionada ao cancelamento que mais alcançou concordância entre os entrevistados foi “o cancelamento é uma forma de chamar as pessoas à responsabilidade sobre como se comportam e o que publicam nas redes sociais” (70% concordam). Para 50% dos entrevistados, as redes sociais e seus canais de denúncia são as responsáveis por prevenir ou coibir a cultura do cancelamento: a sociedade, por meio associações e serviços especializados, recebeu 43% das menções. Entre os famosos mais citados como “cancelados” nas redes sociais estão Karol Conká (32%) e Arthur Aguiar (7%).

Pesquisa nacional

Na média nacional, 35% dos respondentes disseram já terem sido vítimas ou tomaram conhecimento de pessoas que foram alvo de bullying. A maioria dos entrevistados (62%) ressalta o silêncio das vítimas, que não denunciariam os agressores por falta de apoio (48%), medo de retaliação (46%) e vergonha (também 46%). As situações de bullying consideradas mais recorrentes, em pergunta de múltiplas respostas, são principalmente xingamentos, provocações e humilhações (61%). Também foram citados boatos negativos (44%), promoção do isolamento (33%), ameaças, intimidações e chantagem (27%) e perseguição (26%). Em todas as regiões, como primeira resposta sobre a quem as vítimas costumam recorrer em casos de bullying, destaca-se a procura por familiares e amigos (32%). Em seguida, vêm as delegacias, que somam 28%. As próprias redes onde houve as ocorrências são citadas por 23% do total da amostra. “O bullying e o cyberbullying tornaram-se um grave problema de saúde pública. Depressão, baixa autoestima e tentativas de suicídio são alguns exemplos de consequências dessas condutas, evidenciando a necessidade de ampliar o esclarecimento e a discussão sobre o tema”, aponta o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE. Para ele, esse conhecimento se torna especialmente importante em uma sociedade contemporânea, “mais intolerante e onde a privacidade quase inexiste, mas que, ao mesmo tempo, demanda por mais empatia, ética, responsabilidade e transparência nas relações pessoais e corporativas”. O Observatório Febraban ouviu 3 mil pessoas em todas as regiões do país, das quais 53% são do sexo feminino. O perfil dos entrevistados tem ainda 43% na faixa dos 25 a 44 anos; ensino médio (41%) e renda familiar de até dois salários mínimos (48%).