Categoria: Política

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  • 22 // Out // 2022
  • 09h30

Crimes eleitorais: denúncias poderão ser realizadas no telefone 191 a partir deste sábado (22)

A partir deste sábado (22), denúncias de crimes eleitorais poderão ser realizadas através do telefone 191, utilizado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). O anúncio foi feito pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública. De acordo com o ministério, o PRF continuará atendendo ocorrências nas rodovias, entretanto, a equipe da instituição será reforçada já pensando na possibilidade de um maior fluxo de ligações por conta das chamadas relacionadas a abusos eleitorais Ligando para o número, os cidadãos poderão denunciar casos de boca de urna, compra de votos, transporte ilegal de eleitores e porte irregular de arma. Além disso, a população também poderá realizar alertas sobre quedas de energia, alagamentos e demais incidentes que tenham a possibilidade de atrapalhar o 2° turno das eleições.

  • Foto: Ulisses Dumas
  • 22 // Out // 2022
  • 08h30

Em Lauro de Freitas, Dilma destaca a importância de a Bahia eleger Jerônimo governador

A ex-presidente Dilma Rousseff destacou na noite da sexta-feira, 21, durante comício realizado em Lauro de Freitas a importância de os baianos elegerem o candidato do Partido dos Trabalhadores da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e seu vice, Geraldo Júnior, ao Governo do Estado. Dilma participou da atividade da campanha ao lado de Geraldo Júnior, do senador reeleito Otto Alencar (PSD), do senador Jaques Wagner, da prefeita Moema Gramacho e de deputados e deputadas federais e estaduais. “A eleição de Jerônimo e Geraldinho é essencial. De hoje até o dia 30 vamos virar voto. Vocês podem. vocês podem, o que é muito”, afirmou Dilma para a multidão que lotou o condomínio residencial Dona Lindu, do programa Minha Casa, Minha Vida, no bairro de Itinga, em Lauro de Freitas. A ex-presidente falou também sobre a importância dos moradores do município da Região Metropolitana votarem em Lula para presidente do Brasil. Durante seu discurso no comício, Dilma fez questão de agradecer aos baianos pela sua eleição como presidente do Brasil. “Foi por causa dos votos do povo baiano que eu me elegi presidente, foram os votos que recebi aqui na Bahia, em uma eleição muito difícil que todo mundo dizia que não ia dar e deu, deu porque a Bahia votou em mim”, disse, ao enfatizar: “ A Bahia tem um significado muito grande para o resto o brasil. Eu não sou baiana, mas cada vez que venho aqui na Bahia eu fico encantada com uma coisa que contagia que é essa energia de vocês, que é essa força de vocês. Esse povo que foi o povo que sempre lutou pela independência desse país e pela democracia. Então, eu respeito enormemente a Bahia”. Dilma falou ainda sobre o orgulho do programa Minha Casa, Minha Vida, que na Bahia contou com as parcerias de Jaques Wagner e Rui Costa. “Eu me orgulho muito do Minha Casa, Minha Vida porque eu acredito na família, porque eu acho que é na família brasileira, baiana, mineira, gaúcha, nordestina, sulista, do centro oeste, aqui está o futuro do brasil. Aqui estão os jovens, os adolescentes. Quando nós assumimos o governo, nós demos prioridade à família, não como esses que falam que são a favor da família, mas só falam, não fazem nada a favor da família. Pelo contrário, fazem contra a família”, destacou a ex-presidente. 

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  • 21 // Out // 2022
  • 17h00

TSE recebe mais de 500 alertas de fake news por dia no segundo turno

Os primeiros onze dias do segundo turno das eleições concentram quase  metade dos alertas de fake news de todo o período eleitoral pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao todo, foram mais de 500 alertas de notícias falsas por dia. Entre os dias 2 e 13 de outubro, a instância acumulou 5.869 registros, de acordo com apuração do G1. O TSE repassou para análise das redes sociais na campanha deste ano 12.573 casos com suspeita de desinformação, é um crescimento de 1.671% comparando às eleições municipais de 2020, em que houve registro de 752 encaminhamentos. As plataformas adotaram providências como retirada ou suspensão em 57% dos casos graves, após alerta.

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  • 21 // Out // 2022
  • 13h00

Datafolha: 95% afirmam que devem votar no segundo turno; 2% pretendem faltar

Uma pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada na quarta-feira (19), mostra que a maioria dos brasileiros está disposta a ir votar no segundo turno destas eleições presidências, que acontecerá em 30 de outubro. 95% indicam, com certeza, que irão comparecer às urnas e 2% indicam que talvez votarão. Outros 2% responderam que não pretendem votar. Entre os que declaram voto em Lula, 96% dizem que irão votar com certeza, 3% talvez e 1% não pretendem votar. No caso dos eleitores de Bolsonaro, 97% afirmam que irão às urnas, 1% talvez e 1% não pretendem votar. No primeiro turno, o número de abstenções chegou a 32,7 milhões (20,9% dos eleitores).

  • Foto: Ricardo Stuckert
  • 21 // Out // 2022
  • 09h00

Lula diz que vai recriar Ministério da Segurança Pública

O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, disse ontem (20) que pretende criar o Ministério da Segurança Pública com foco no combate ao tráfico de armas e drogas na região de fronteira. “Nós vamos ter que construir policiais especiais, uma nova polícia nacional que possa dar conta do recado”, disse à imprensa no Rio de Janeiro. Lula destacou ainda a necessidade de aumentar o controle sobre a venda de armas. “Nós, com o Ministério da Segurança, vamos estabelecer um novo padrão de controle. Não é possível que a gente não tenha nenhum controle das armas que são vendidas nesse país”, acrescentou.Segundo ele, as medidas que facilitaram o acesso a armas e munições nos últimos anos acabaram beneficiando as organizações criminosas. “O que nós estamos vendo é o narcotráfico se preparando, se modernizando, com autorização do governo, para poder enfrentar não só a polícia, mas a tranquilidade da sociedade brasileira”, enfatizou. O candidato defendeu ainda mudanças na atual legislação sobre drogas para evitar a criminalização de usuários. “Nós temos que aperfeiçoar as leis de drogas que foram feitas em 2008 e 2009 para que fique claro que usuário precisa de tratamento, de recuperação, de centros de excelência”, disse. Lula disse que como medida para conter o desemprego pretende retomar obras que ficaram paralisadas após a saída do PT do governo, com o impeachment de Dilma Rousseff em 2016. “Tem quase 13,4 mil obras que ficaram pela metade porque a Dilma foi cassada com um golpe. E essas obras precisam ser retomadas com uma certa urgência. Como essas obras já tinham o projeto, já tinham a licença ambiental, é só a gente começar a tocar essas obras e acertar com os empresários que ganharam a licitação que os trabalhadores têm que ser contratados nas comunidades onde essas obras vão ser feitas”, disse. Após atender a imprensa na capital carioca, o candidato foi a São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, participar de uma caminhada. Ao final do percurso, sobre um trio elétrico, Lula discursou prometendo retomar as obras do polo petroquímico do Rio de Janeiro e criticou a descontinuidade dos investimentos no setor de petróleo e gás. "Eles não só pararam a construção do polo petroquímico, tinha 85% pronto, faltavam 15%, como privatizaram e passaram a importar. Eram 14 bases de construção do polo petroquímico para que o Brasil fosse a terceira força no mundo", disse. Lula também rebateu afirmações de que o Bolsa Família durante os governos do PT era menor do que o valor atual do Auxílio Brasil, que está em R$ 600. Segundo o candidato, a comparação não é possível porque houve interrupção dos reajustes após a saída do PT do governo. "[Se em 2016] tivessem reajustado a inflação no Bolsa Família, o valor seria hoje de R$ 780. Vamos fazer reajuste do Bolsa Família e garantir para cada pessoa R$ 600 para cada um e mais R$ 150 por cada filho de até 6 anos de idade", prometeu. O petista continua a campanha nesta sexta-feira (21) com uma caminhada em Teófilo Otoni (MG) e Juiz de Fora (MG). 

  • Foto: Vagner Souza - Salvador FM
  • 21 // Out // 2022
  • 07h00

Presidente do PSC afirma que não tinha voz na base de ACM Neto

O presidente do PSC na Bahia, Heber Santana comentou sobre os motivos que levaram o diretório estadual do partido a migrar da base do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (UB), para a base petista, encabeçada pelo candidato Jerônimo Rodrigues. De acordo com o ex-vereador, o partido não era “ouvido” na base de Neto. Heber destacou ainda que teve respaldo do diretório nacional da sigla. “Causou um certo choque fazer essa mudança, porque de fato nós já tínhamos 10 anos acompanhando o ex-prefeito ACM Neto [...] Tivemos dificuldade, se não tivessem dificuldades não se justificaria tomar uma decisão. Acabava não enxergando um ambiente favorável para você crescer como projeto, trazer contribuição, não estou falando apenas de cargo, de espaço, mas você quer ser ouvido”, destacou Heber que revelou ainda que este foi o sexto convite do governador Rui Costa (PT). Santana pontuou ainda que o partido estava tendo dificuldade de avançar dentro do campo político. Segundo ele, a sigla perdeu certo espaço nas eleições baianas, obtendo uma baixa “performance” nas urnas. Outro fator que influenciou a decisão do partido consolidar a aliança com a chapa petista no estado, foi a relação pessoal com o presidente da Câmara Municipal de Salvador, Geraldo Jr, candidato a vice na chapa do PT.

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  • 20 // Out // 2022
  • 15h03

Guanambi e Barreiras são os destinos de Bolsonaro na Bahia no próximo dia 25

Já estão definidas as cidades baianas onde o presidente Jair Bolsonaro estará na próxima terça-feira, dia 25. O deputado federal João Roma (PL) informa que Guanambi e Barreiras foram os locais escolhidos para a nova visita do presidente. Embora a programação não esteja ainda fechada, a expectativa é que Bolsonaro desembarque às nove horas, no aeroporto de Guanambi. Depois seguirá do Sudoeste para o Oeste baiano, aterrissando em Barreiras. Em Juazeiro, na manhã desta quinta-feira (20), onde acompanhou os ministros da Agricultura, Marcos Montes, e da Cidadania, Ronaldo Bento, em evento para assinatura do Crédito Fundiário (SAF) e contratos de financiamento rural do Agroamigo e Agronegócio do Banco do Nordeste, Roma destacou a integração dos ministérios da Agricultura e Cidadania em conjunto com o setor produtivo no governo do presidente Jair Bolsonaro para superação da fome no Brasil. “Lá atrás muita gente chamava o Ministério da Cidadania de Ministério do Combate à Fome. Não deu certo, porque o setor produtivo foi colocado de lado. Quiseram fazer uma coisa só através do estado. Hoje se constata que a sinergia e a união do estado com setor produtivo geram muito mais eficácia, como foi o caso do programa Brasil Fraterno – Comida no Prato, que conta com a parceria da CNI, Semar e Faeb”, disse o ex-ministro da Cidadania. O ministro da Agricultura, Marcos Montes, reiterou o dito por Roma e enfatizou o trabalho dele à frente do Ministério da Cidadania. “Posso testemunhar para todos os baianos o trabalho de João Roma no Ministério da Cidadania. Se o Auxílio Brasil hoje está em R$ 600 e quem o recebe não o perde se assinar a carteira de trabalho, diferentemente de outros programas sociais do passado, é por causa do trabalho de João Roma. Tenho muito orgulho de ter sido colega dele no governo do presidente Jairo Bolsonaro””. Depois de Juazeiro, Roma participa também à tarde de evento com os ministros da Agricultura, Marcos Montes, e da Cidadania, Ronaldo Bento, em Irecê. À noite, de volta a Salvador, ele estará na Primeira Igreja Batista, na Avenida Paralela, com o deputado mais votado do Brasil, o mineiro Nikolas Ferreira.

  • Foto: Ricardo Stuckert - PT
  • 20 // Out // 2022
  • 07h00

Lula divulga carta aos evangélicos e firma compromisso com liberdade religiosa

O ex-presidente Lula (PT) divulgou na quarta-feira (18) uma carta compromisso com os evangélicos, que representam um dos eleitorados mais difíceis de converter e onde seu adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL), mantém seu favoritismo. O petista lembrou medidas tomadas em seu governo, como a Reforma do Código Civil que estabeleceu a Liberdade Religiosa no Brasil, e também o decreto que criou a Marcha Para Jesus e o Dia Nacional dos Evangélicos. Segundo Lula, na sua gestão os mais pobres foram prioridade, e ressaltou que o seu mandato "contribuiu para melhorar a vida de milhões de famílias brasileiras". Ele lamentou que notícias falsas sejam utilizadas para amedrontar "pessoas de boa fé" e tentem tirar delas o apoio a sua candidatura, que é a mais comprometida em defender seus interesses. "Todos sabem que nunca houve qualquer risco ao funcionamento das Igrejas enquanto fui presidente. Pelo contrário! Com a prosperidade que ajudamos a construir, foi no nosso Governo que as Igrejas mais cresceram, principalmente as Evangélicas, sem qualquer impedimento e até tiveram condições de enviar missionários para outros países", diz o texto.

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  • 19 // Out // 2022
  • 18h00

Governo Bolsonaro nomeou ex-assessor de Collor, vendedor e militares na Funai

Dezessete dos atuais 39 coordenadores regionais da Funai (Fundação Nacional do Índio), todos cargos de confiança, não têm nos currículos apresentados ao órgão nenhuma palavra relacionada aos povos indígenas ou ao indigenismo. Entre os nomes, há um ex-assessor do senador Fernando Collor (PTB-AL), um ex-vendedor de automóveis, militares com experiência no Haiti e em favelas do Rio de Janeiro, além de um ex-policial rodoviário com curso de atirador de elite e que participou de ação contra garimpeiros. Dos 39 coordenadores regionais, 25 nunca tinham passado pela Funai e chegaram na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL). O órgão teve até 22 militares nesses postos -atualmente, são 16. Três policiais militares e um policial federal também foram designados para essas funções. Os dados foram obtidos por meio de um pedido de informações feito pela deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS), que solicitou ao órgão o currículo de quem ocupa as coordenações regionais -a resposta chegou à Câmara dos Deputados no dia 14 de setembro.

 A reportagem questionou a assessoria de imprensa da Funai sobre cada um dos casos, mas não recebeu resposta. As coordenações regionais são órgãos espalhados pelo país que organizam e administram o trabalho de campo dos agentes indigenistas. Elas respondem diretamente à Presidência, hoje ocupada por Marcelo Xavier. Xavier é acusado por organizações que atuam na área de ter construído uma política anti-indígena na Funai, que desde a posse de Bolsonaro não demarcou novas terras indígenas. Entidades como o Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos) e a INA (Indigenistas Associados - Associação de Servidores da Funai) afirmam que o atual chefe da Funai, que é policial federal, persegue servidores e lideranças indígenas ao mesmo tempo que aparelhou o órgão com militares. No último dia 7, por decreto, o governo reestruturou a Funai e excluiu de seu estatuto as diretrizes de atuação das coordenações regionais. Fernanda Melchionna também questionou a fundação sobre a exoneração do indigenista Bruno Pereira, assassinado em junho passado, e sobre o assassinato do indigenista Maxciel Pereira dos Santos, em 2019. A congressista também enviou perguntas acerca da gestão de Xavier. "Quase nenhuma pergunta foi respondida e vamos encaminhar novamente o requerimento, inclusive repassando ao MPF se não houver respostas novamente", afirmou ela à Folha. "O que chama muito a atenção é que a maioria dos nomeados não possui nem qualificação técnica e nem experiência para tratar da pauta indígena", disse a deputada. O fuzileiro da Marinha José Ciro Monteiro Junior é um dos coordenadores regionais sem nenhuma experiência com indígenas em seu currículo -diz, por exemplo, que "participou de várias incursões nas favelas do Rio de Janeiro no combate ao crime organizado" e também atuou no Haiti. Foi nomeado em abril de 2020 para a coordenação do Alto Purus (AC). Entre os que mencionam alguma experiência relacionada a questões indígenas, há alguns que citam atividades pontuais ou que pouco se assemelham à atuação da Funai. Osmar Gomes de Lima é capitão da reserva e afirma que trabalhou "nas áreas indígenas durante processos eleitorais", no município de Tocantínia (TO) -ele é coordenador em Araguaia (TO) desde novembro de 2019. Há também nomes ligados a políticos que foram ou são da base aliada de Bolsonaro. Clotário de Paiva Gadelha Neto, por exemplo, fez carreira na cidade de João Pessoa (PB), onde é coordenador regional da Funai desde 2021. Antes, foi secretário-adjunto na capital paraibana, trabalhou na Assembleia Legislativa do estado e também assessorou o ex-deputado Marcondes Gadelha (PSC), que apoiou Bolsonaro em 2018. O senador Fernando Collor (PTB-AL), por sua vez, apoia o presidente na eleição deste ano. Foi do seu gabinete que saiu Márcio José Neri Donato, atual chefe da unidade Nordeste 1 e que antes já foi vereador em Porto Real do Colégio (AL). Além de militares e ex-assessores, há servidores que fizeram carreira em outras áreas da sociedade civil distantes do indigenismo. Hoje a unidade Ji-Paraná (RO) é chefiada provisoriamente por Roger Moreira, que é servidor da Funai desde fevereiro deste ano. Ele entrou como chefe da divisão técnica e depois foi nomeado substituto da coordenação, já em maio. Em seu currículo ele disse ter "disponibilidade para viagens" e que a área que desejava atuar era "aberta à negociação". Na experiência profissional constam quase dez anos como consultor ou gerente de vendas em concessionárias de automóveis. Desde a última sexta (14), a reportagem procurou cada servidor citado, por meio do contato fornecido nos currículos, mas não houve resposta. O único que respondeu foi Raimundo Pereira dos Santos. Coordenador regional de Kayapó Sul, no Pará, ele é ex-policial rodoviário com curso de sniper (atirador de elite). Formado em comunicação social e com cursos nas áreas de comércio exterior e psicologia, ele atuou na área de inteligência da polícia e diz no currículo que "conduziu o cadastro" de indígenas Baniwa. Procurado pela reportagem, ele explicou que sua atuação se deu em um "projeto de etno desenvolvimento para tirá-los do jugo da narcoguerrilha, bem como o atendimento pré-hospitalar", e disse que também atuou para retirar garimpeiros do rio Traíra (AM). No currículo, também diz ser capaz de "planejar, coordenar e executar ações de inteligência e contra inteligência empresarial" e estar "em condições de sociologicamente mudar opiniões antagônicas e políticas para os objetivos fins". 

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  • Foto: Reprodução
  • 19 // Out // 2022
  • 16h00

João Doria anuncia desfiliação do PSDB após 22 anos

O ex-governador de São Paulo João Doria anunciou sua desfiliação do PSDB. Ele publicou a informação em sua conta do Twiiter, na manhã desta quarta-feira (19). "Anuncio minha desfiliação do PSDB após 22 anos no partido. Inspirado na social democracia e em nomes como Franco Montoro, Mário Covas, José Serra e FHC, cumpri minha missão política partidária pautado na excelência da gestão pública e em uma sociedade mais justa e menos desigual", disse em sua conta no Twitter. No início do ano, Doria encontrou dificuldade do partido para se candidatar à presidência da República. Então, ele decidiu desistir do pleito, mas afirmou que permaneceria no partido. No anúncio desta quarta, Doria ressaltou que estava satisfeito com seu desempenho na vida pública. "Encerro essa etapa de cabeça erguida. Orgulhoso pela contribuição que pude dar a São Paulo e ao Brasil, graças à generosidade e à confiança de todos aqueles que optaram pelo meu nome em três prévias e duas eleições", escreveu.

  • Foto: Ascom - João Roma
  • 19 // Out // 2022
  • 15h00

Bolsonaro vem à Bahia na próxima terça-feira (25), anuncia João Roma

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) vem à Bahia na próxima terça-feira (25), segundo informou nesta quarta-feira (19) o deputado federal João Roma (PL). O local, no entanto, ainda não está definido. A saber, no primeiro turno, Bolsonaro esteve em Vitória da Conquista e Juazeiro. Para ampliar a votação na Bahia, o presidente também enviou a primeira-dama Michelle Bolsonaro, que se reuniu com mulheres em Feira de Santana no último domingo (16). Com isso, na primeira etapa da eleição, Bolsonaro teve 24% dos votos válidos na Bahia. Segundo os coordenadores da campanha, ele quer ampliar a votação para 30% a 32% no segundo turno.

  • Foto: Divulgação
  • 19 // Out // 2022
  • 11h00

Sofrimento mental ligado a política aumenta na reta final da campanha

Após 24 horas da divulgação dos resultados do primeiro turno das eleições, o psicólogo Mário Felipe de Lima Carvalho foi procurado por três pacientes de seu consultório particular no Rio de Janeiro. Eram pessoas negras, nordestinas, duas delas mulheres, que relatavam ataques xenofóbicos no trabalho e pediam para adiantar a sessão de terapia. Outros casos vieram. Na semana seguinte, o psicólogo, que coordena o projeto de roda de escuta Vozes e Cores para pessoas LGBTQIA+ na Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), precisou organizar um encontro online sobre sofrimento político para atender a demanda. Os participantes eram universitários de até 22 anos, preocupados com o futuro, e pessoas com mais de 60, que falaram sobre filhos e netos. Uma mulher dessa faixa etária, lésbica e casada, contou que a filha adotiva, que é negra, passou a receber olhares acusatórios de vizinhos do prédio onde moram, na zona sul da cidade. “Há esse incômodo, esse medo de uma escalada na violência. Por enquanto, as queixas giram em torno de olhares, comentários, assédio moral. O receio é de que isso vire violência física. Esse assédio traz efeitos, como crises de ansiedade e medo de sair na rua”, diz o professor. O cenário observado por profissionais de saúde mental é o mesmo em diferentes estados do país. De um lado, pacientes se sentem ameaçados diante dos votos recebidos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores; de outro, pacientes se sentem ameaçados diante da possível volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Muitas pessoas estavam na expectativa de que a eleição presidencial se resolveria no primeiro turno —e essa expectativa foi quebrada. O efeito em alguns foi ansiedade e medo. Em outros, a sensação foi muito grande de exaustão e cansaço emocional que se traduziu em sonolência e estafa física”, diz o psicólogo Lucas Veiga, que atende pacientes de todo o país. Os especialistas avaliam que, para muitos brasileiros, a divisão vista em 2018 –quando política virou tema de consultas– se intensificou neste pleito. “Há uma dimensão de urgência bem maior. A precarização das condições de vida associada aos efeitos psíquicos da pandemia do coronavírus formaram um caldo de cultura preocupante no que se refere à saúde mental”, diz Ronildo da Silva, psicanalista e pós-graduando em Filosofia na UFPA (Universidade Federal do Pará), que presencia esse agravamento no consultório particular e na rede pública de Belém. O psiquiatra e doutor em neuropsiquiatria e ciências do comportamento pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) Tiago Queiroz afirma que, conforme o dia do pleito se aproximava, os relatos de ansiedade, preocupação e conflitos interpessoais aumentavam. “Após o primeiro turno, continuam crescendo. Além da ansiedade daqueles que já tinham uma das duas opções [Lula ou Bolsonaro] definidas, existem também os outros, que preferiam outro candidato e, agora, precisariam escolher um nome. Isso também provocou divergências e conflitos entre as pessoas”, diz. Com a experiência de 2018, alguns eleitores aprenderam a equilibrar o envolvimento político com práticas de autocuidado. Para outros, as eleições têm funcionado como gatilho resgatando traumas, sentimentos de medo, angústia e conflitos, acrescenta Queiroz. Marcia Almeida Batista, diretora da clínica psicológica Ana Maria Poppovic, da PUC-SP, em São Paulo, diz que, pela primeira vez em 48 anos como terapeuta, se deparou com pacientes sofrendo por causa de voto. “Há uma depressão em relação ao Brasil que chega ao consultório. Isso indica um impacto emocional grave e grande não só naquilo que está acontecendo nas eleições, mas no país de forma geral”, afirma. No relacionamento com familiares e amigos, os embates deram lugar ao silenciamento numa tentativa de evitar rompimentos. Essa mudança de comportamento é um reflexo da pandemia, que fez pensar sobre o que é mais importante na vida, afirma Marcia. “As famílias que se viram ameaçadas por conta da pandemia e perderam familiares, de alguma maneira repensaram suas brigas políticas frente à destruição das relações. Há um maior cuidado em não discutir sobre isso com aqueles que têm posições diversas da sua”. Deixar de falar sobre política tem sido a principal estratégia adotada por pacientes do psicólogo e professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) Fabio Belo. “A opção mais frequente é o pacto de silêncio. As relações familiares são complexas. Tem muito afeto e história que vão além. As posições políticas têm gerado um estresse gigantesco. Você tem rompimento real de pai com filho, de neto com avôs. O mal-estar é muito presente”. Fabio Belo acrescenta que o enfraquecimento das relações familiares por divergências políticas começou a chegar ao consultório a partir das eleições de 2014. Neste ano, ele conta que ouviu pacientes em crise ao descobrirem o posicionamento político divergente do marido ou da mulher. Para muitos, o diálogo se tornou raro. O futebol semanal, a ida ao clube e a visita ao tio viraram atividades insuportáveis por forçar a convivência com eleitores do candidato rival. Essas alterações na rotina servem como indicativo do grau de interferência emocional causada pelo pleito. Tristeza, alteração no sono, apetite e irritabilidade são alguns dos sinais para serem observados. De acordo com a Folha, os profissionais reforçam que é importante ter práticas de autocuidado nesse período e também buscar atendimento profissional, se preciso. Ter atividades de lazer, buscar grupos de apoio e evitar uso abusivo de redes sociais são práticas que ajudam. No campo das relações afetivas, a recomendação é que a pessoa fortaleça vínculos com quem possa compartilhar angústias sobre o período. Nos relacionamentos onde há divergência o afastamento temporário pode ser a melhor opção. Para o psiquiatra Tiago Queiroz (UFPE), uma etapa importante na autoanálise é aprender a respeitar a opinião divergente do outro. Reconhecer isso é algo que contribui para a saúde mental.

  • Foto: Alan Santos - PR
  • 19 // Out // 2022
  • 09h11

Venezuelanas se negaram a gravar vídeo para ajudar campanha de Bolsonaro

As venezuelanas que foram ofendidas por Jair Bolsonaro (PL), na semana passada, se recusaram a gravar vídeos para ajudar a desfazer o mal-estar gerado pelas falas do presidente. Em entrevistas, Bolsonaro insinuou que elas seriam garotas de programa por estarem “arrumadinhas”, o que foi desmentido. Segundo relatos, a equipe de Bolsonaro queria que algumas delas divulgassem uma mensagem, sozinhas, dizendo que tudo havia sido um mal-entendido e havia sido esclarecido. As jovens e suas mães, no entanto, ficaram com receio da exposição e do desgaste que isso poderia gerar. Pessoas que têm acompanhado as venezuelanas dizem que elas ficaram muito preocupadas com a repercussão das falas de Bolsonaro e pediram uma retratação pública. Além de entidades de direitos humanos, o caso tem sido acompanhado de perto pela Defensoria Pública da União e pelo Ministério Público do Distrito Federal. Como elas não queriam se expor, a alternativa foi um encontro fechado com as mulheres, ontem, entre a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, a senadora eleita Damares Alves. Procurada, Damares disse que a reunião foi “um encontro de abraços”. “Elas não exigiram nada. São mulheres muito boas”, declarou a ex-ministra. O vídeo, por sua vez, acabou sendo gravado por Bolsonaro, Michelle, e a embaixadora da Venezuela, María Teresa Belandria, indicada pelo presidente autoproclamado do país, Juan Guaidó, que por sua vez demonstrou apoio à reeleição de Bolsonaro. Belandria ajudou a viabilizar o encontro com a primeira-dama, que foi acertado na noite do último domingo. Na mensagem, gravada na segunda-feira (17), o presidente disse que associou as venezuelanas a um suposto esquema de prostituição por “preocupação”, “no sentido de evitar qualquer tipo de exploração que estavam vulneráveis”, mas que depois constatou que as mulheres citadas por ele são trabalhadoras. “Se as minhas palavras, que por má-fé foram tiradas de contexto, de alguma forma foram mal entendidas ou provocaram algum constrangimento às nossas irmãs venezuelanas, peço desculpas”, afirmou no vídeo, segundo o Estadão.

  • Foto: Reprodução - Youtube
  • 18 // Out // 2022
  • 09h07

Em celebração católica, Bolsonaro evita discurso e Padre Kelmon é aplaudido

O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou na noite de segunda-feira (17) de uma celebração em uma organização católica no Distrito Federal, ao lado da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Mas, diferente das demais ocasiões, o chefe do Executivo ficou em silêncio e não discursou para os apoiadores. A noite de clamor é organizada pela Missão Mundo Novo, organização católica criada pelo deputado federal reeleito Eros Biondini (PL-MG). Ele compõe e interpreta músicas cristãs e também elegeu a filha para uma vaga na Assembleia Estadual de Minas Gerais. Candidato derrotado no primeiro turno e substituto de Roberto Jefferson como candidato do PTB, Padre Kelmon - que não é reconhecido por nenhuma igreja cristã - falou para os fiéis e apoiadores bolsonaritas e foi aplaudido. Predominou falas contundentes contra o adversário na disputa e primeiro colocado nas pesquisas, o ex-presidente Lula (PT), e provocações à "esquerda", de acordo com informações do UOL. Na plateia, vários dos fiéis presentes usavam adesivos com o número eleitoral de Bolsonaro. O presidente chegou no evento por volta das 20h, acompanhado da esposa, e ficou até o fim da adoração ao santíssimo sacramento. O evento teve a presença do candidato a vice na chapa de Bolsonaro, Walter Braga Netto (PL), e vários aliados do candidato à reeleição, como a ex-ministra Damares Alves (Republicanos), senadora eleita, e as deputadas Bia Kicis (PL-DF) e Chris Tonietto (PL-RJ).

  • Foto: Ricardo Stuckert - Instituto Lula
  • 17 // Out // 2022
  • 19h00

Coligação de Lula se reúne com ministros do TSE e STF

Representantes da Coligação Frente Brasil Esperança vão se reunir nesta segunda-feira (17) com os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que preside o Tribunal Superior Eleitoral, e Luís Roberto Barroso. Com Moraes, o tema será a proliferação de fake news no segundo turno de 2022. O encontro está marcado para às 17h30, e tem participação do líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o vice-presidente do PT, Marcio Macedo, e o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), além de outros parlamentares e presidentes de partidos. Às 18h30, os representantes da coligaçaõ se reúnem com Barroso para debater a gratuidade do transporte público no segundo turno da eleição no próximo dia 30 de outubro.