• Foto: Carlos Moura - SCO - STF
  • 11 // Ago // 2022
  • 06h00

Rosa Weber é eleita próxima presidente do STF; Barroso será vice

A ministra Rosa Weber foi eleita, nesta quarta-feira (10), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo próximo biênio. A escolha do magistrado que assumirá a Presidência é protocolar. Weber recebeu dez votos dos colegas e, em seu breve discurso pós-eleição, prometeu defender "a soberania do regime democrático". A ministra tomará posse em 12 de setembro, em um momento delicado do Supremo em sua relação com o Planalto por ocasião das manifestações bolsonaristas de Sete de Setembro. A tradição no Tribunal prevê que o chefe do Poder Judiciário sempre será o ministro com mais tempo de casa e que ainda não tenha assumido o cargo. "Nós sabemos todos que ato de eleição em tribunais para cargos da administração são atos de rotina. Isso, todavia, não ofusca de forma alguma a simbologia desse momento. Apenas, a meu juízo, realça o que realmente importa, que é a instituição Supremo Tribunal federal", disse Weber. O Tribunal também elegeu o ministro Luís Roberto Barroso para o cargo de vice-presidente, atualmente ocupado por Weber. A posse dos ministros será realizada três dias após a data prevista anteriormente, que era 9 de setembro. O objetivo do remanejamento da cerimônia é distanciar a troca de comando no Supremo das manifestações convocadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para o feriado de Sete de Setembro. "O exercício desse cargo trata-se de um imenso desafio, mas eu vou buscar desempenhá-lo com toda a serenidade e com a certeza do apoio de vossas excelência que para mim será fundamental. E sempre na defesa da integridade e da soberania da Constituição e do regime democrático", afirmou a ministra. A próxima presidente do Supremo terá um mandato mais curto do que o dos seus antecessores que, via de regra, permanecem no cargo por dois anos. O motivo da gestão mais breve é a aposentadoria de Weber, que ocorrerá em outubro do ano que vem, quando a ministra completará 75 anos. Os magistrados da Suprema Corte são aposentados compulsoriamente quando chegam a essa idade. "Isso também não impede que eu me sinta sensibilizada, a despeito da tradição secular ou de décadas do Supremo, no sentido de escolher para este cargo sempre o ministro mais antigo que ainda não ocupou o posto. Mas isso, essa tradição, que é salutar, não ofusca, inibe, prejudica o fato de eu estar absolutamente sensibilizada pelo voto de confiança de vossas excelência", disse a ministra em seu discurso.



Nenhum comentário, seja o primeiro a enviar.



Deixe seu comentário