• Foto: Reprodução - Vagner Santos
  • 09 // Ago // 2022
  • 14h56

Mais de 300 mil crianças baianas ainda não tomaram vacina contra poliomielite

Um velho inimigo das crianças voltou a assombrar as autoridades de saúde. Há seis anos, a Bahia não atinge a meta de 95% de cobertura vacinal contra o poliovírus, causador da poliomielite. No momento, mais de 300 mil crianças baianas, de 1 a 5 anos, estão desprotegidas contra o vírus que provoca a paralisia infantil. Para tentar recuperar os índices de imunização, foi iniciada a Campanha Nacional de Vacinação contra a Pólio e de Multivacinação, que vai até o dia 9 de setembro. A cobertura contra a pólio no último ano na Bahia foi de 61,2%, mais de 30% abaixo do esperado. Em Salvador, a taxa foi de 63,43%, um pouco acima da média nacional, que, segundo os últimos dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, não chegou sequer aos 50% do público-alvo neste ano. Apesar de a poliomielite ter sido oficialmente erradicada do país em 1994, com o último caso registrado em 1989, os especialistas temem que com a baixa cobertura vacinal o vírus volte a circular no país. “Nós eliminamos o vírus da pólio aqui no Brasil (nas Américas), mas com pouca vacinação, se eu vou em qualquer país onde esteja funcionando [o vírus], e não estou vacinado, posso trazer esse vírus e ele começar a circular entre crianças e mesmo adultos que não têm vacinação. Isso nos preocupa muito enquanto profissionais da saúde”, afirma a infectologista e professora da Ufba Glória Teixeira. 



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