• Foto: Reprodução - Rede Globo
  • 24 // Ago // 2022
  • 11h00

Ciro Gomes no JN: confira resumo da entrevista com o presidenciável

O candidato à Preisidência da República Ciro Gomes (PDT) foi o segundo entrevistado na sabatina do Jornal Nacional, na noite desta terça-feira (23). Além de falar sobre polarização e dizer que vai reaver discurso contra adversários, o candidato também abordou os seguintes assuntos:

Plebiscitos

Ciro disse que pretende mudar o modelo político no país. Segundo ele, desde a redemocratização, os presidentes da República se aliaram aos partidos que compõem o chamado Centrão. Para Ciro, isso resultou em corrupção e ineficiência. Para ele, os plebiscitos vão contornar a necessidade de o presidente se submeter totalmente a líderes do Congresso para governar. “É um modelo, uma tentativa de libertar o Brasil de uma crise que corrompeu organicamente a Presidência da República. Transformou a Presidência da República em uma espécie de esconderijo do pacto de corrupção e fisiologia do Brasil”, explicou Ciro.

Lei Antiganância

A Lei Antiganância proposta por Ciro prevê que, se uma pessoa pagar, por causa dos juros, duas vezes o valor original da dívida, o débito será considerado liquidado. Segundo ele, isso vai reduzir o endividamento e aumentar o poder de compra e de investimento. “Das cinco propostas que eu me propus a trazer hoje, eu ainda não lhes falei de uma que é inédita que é a Lei Antiganância. Eu quero colocar uma lei em vigor no Brasil que eu conheço na Inglaterra. Que é assim. Todo mundo do crédito pessoal, do cartão de crédito, do cheque especial etc, ao pagar duas vezes a dívida que tem, fica quitado por lei essa coisa. Essa é polêmica, mas estou apresentando aqui em homenagem ao William Bonner e à Renata, em primeira mão”, afirmou Ciro.

Fome e informalidade

Ao longo da entrevista, Ciro fez duras críticas a dois fenômenos recentes da realidade social do país: a escalada da fome e o aumento da informalidade no mercado de trabalho. Ao tratar dos temas, o candidato voltou a atacar os governos do PT e do presidente Jair Bolsonaro. A respeito da informalidade, o candidato ressaltou o impacto dessa modalidade de atividade no futuro dos trabalhadores – que, sem carteira assinada e sem educação financeira, chegam à terceira idade sem reservas e sem planos de previdência.

Fim da reeleição

Ciro Gomes foi questionado sobre o impacto real de sua promessa de “abrir mão da reeleição” como forma de facilitar a negociação com o Legislativo. Segundo o candidato do PDT, a perspectiva de reeleição é um dos motores da corrupção e do “toma lá, dá cá” na política nacional. “O que destruiu a governança política brasileira, nesse modelo que eu estou lhe falando, é a reeleição. O presidente se coloca infenso, com medo dos conflitos, porque quer agradar todo mundo para fazer a reeleição. O presidente se vende a esses grupos picaretas da política brasileira — desculpe a expressão, eu tenho que a pedido da Renata trocar um pouco as expressões. Mas esses grupos de pouco escrúpulo republicano – eu também tenho essas expressões. Porque têm medo de CPI e porque querem se reeleger”, declarou Ciro.

Meio ambiente

Para Ciro Gomes, a preservação do meio ambiente e a implementação de uma economia sustentável requer que a população das áreas de florestas sejam treinadas para obter produtividade de maneiras que não sejam o simples desmatamento.

Saneamento básico

O candidato do PDT à Presidência disse considerar um “avanço” o novo marco legal do saneamento básico, sancionado em 2020, mas disse ter preocupações em relação à regulação. “Se eu privatizo, a lógica da privatização é o lucro. Ou eu tenho uma regulação forte. Essa é a razão pela qual nós desconfiamos do marco que foi votado. Eu considero um avanço. Foi relatado por um grande brasileiro, o senador Tasso Jereissati. Mas a nossa preocupação é que não está nesse marco o cuidado com isso. Se eu privatizo o filé, por exemplo devolveram o Galeão. O Galeão foi concedido. Qual o problema de ser concedido o aeroporto? É o marco regulatório. Devolveu, fracassou”, disse. Ciro, no entanto, disse considerar que o Estado pode “perfeitamente delegar” a execução de serviços de saneamento ao setor privado.



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